Como não acendo velas, não rezo e não acredito em formulação de desejos (ao contrário de quem ainda mata «legalmente» no Mundo), neste Natal vou erguer um copo de vinho a Tookie Williams.
E vou deixar a pergunta: para que servem as prisões se só se acreditar no «olho por olho e dente por dente»? O conceito de regeneração é o único que faz sentido num Estado de Direito.
Não abomino os Estados Unidos, deixei-me há uns anos de anti-americanismos primários ou secundários, mas continua a haver contradições assustadoras na alegada Pátria da Liberdade.
Enfim, o único consolo é que nunca gostei dos filmes desse animal (no mau sentido) que foi eleito para governador da Califórnia. Vê-se à légua que há ali qualquer coisa de cruel, violento e estúpido. Nem como irmão gémeo mais velho do Danny de Vito conseguiu ter piada, o cabrão.
Cheers, Tookie. Valeu.
14 dezembro 2005
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8 comentários:
Oi, Alex. Atenção, eu tenho desejos e não são poucos! Não dou é muito para aquele peditório de pedir com as passas, e tal, aquela coisa da Passagem de Ano. Mas até alinho. Tudo de bom para vocês. Feliz Natal.
Gosto do teu blog. Vou linká-lo tá?
Dispõe. Daqui a nada dou um pulinho ao teu perfil e retribuo, por certo. Obrigado.
he'll be back...
Sou convictamente contra a pena de morte e acredito na regenaração das pessoas. Por outro lado penso naqueles que sofreram com o mal provocado por Tookie Williams, quão diferente poderia ter sido a vida deles e posso compreender que acreditem e desejem o "olho por olho, dente por dente".
Friamente pensando, abomino a pena de morte. Mas tenho de admitir que vacilo sempre um pouco quando penso no modo como reagiria perante alguém que fizesse mal (muito mal) às pessoas que me são mais próximas, tipo a minha filhota...
Siga!!!
É por isso, meus caros Pim e Senador, que inventámos os tribunais....
Claro que sim! Obviamente, tenho noção de que a razão travaria qualquer instinto mais irracional que me ocorresse no momento. Comecei por dizer que sou contra (aliás, que abomino) a pena de morte. Sei também que seria incapaz de matar.
Porém, em pensamento sei perfeitamente o que faria a alguém que tentasse fazer mal à minha filha. E sei que, num caso de vida ou de morte iminente, essa coisa não seria pegar no telemóvel e esperar que chegasse a tempo algum polícia ou algum juiz... Desculpem mas a isto chama-se instinto! Esperemos, por isso, que a razão vença sempre. E, sinceramente, tenho dúvidas que nunca tenha passado isto pela cabeça de todos os pais.
Raio de conversa esta, «chega para lá»
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