30 dezembro 2005

A Natureza é sábia

Quando chega a hora de os filhos cuidarem dos pais é sempre tarde de mais.

15 dezembro 2005

Bem-vindo, homem!

Obviamente, não faço ideia se o homem é culpado ou inocente. Mas gosto da presunção de inocência e de tribunais o mais justos possível. Não é que não se passem coisas parecidas em Portugal, mas a novela que foi a detenção do piloto português na Venezuela faz-me ficar satisfeito pela absolvição.

Bem-vindo, bom Natal e... olhos bem abertos, senhor piloto!

14 dezembro 2005

Um copo por Tookie Williams

Como não acendo velas, não rezo e não acredito em formulação de desejos (ao contrário de quem ainda mata «legalmente» no Mundo), neste Natal vou erguer um copo de vinho a Tookie Williams.

E vou deixar a pergunta: para que servem as prisões se só se acreditar no «olho por olho e dente por dente»? O conceito de regeneração é o único que faz sentido num Estado de Direito.

Não abomino os Estados Unidos, deixei-me há uns anos de anti-americanismos primários ou secundários, mas continua a haver contradições assustadoras na alegada Pátria da Liberdade.

Enfim, o único consolo é que nunca gostei dos filmes desse animal (no mau sentido) que foi eleito para governador da Califórnia. Vê-se à légua que há ali qualquer coisa de cruel, violento e estúpido. Nem como irmão gémeo mais velho do Danny de Vito conseguiu ter piada, o cabrão.

Cheers, Tookie. Valeu.

12 dezembro 2005

E você, é «senhor»?

E pronto, lá está outra vez o flash-entrevistador da TV a dizer «senhor Koeman». É sempre assim, os estrangeiros são senhores, os nossos são «fulano de tal».

Isto não tem ponta de xenofobia, cruz credo vade retro, mas é um bocado irritante nunca ouvir «senhor Augusto Inácio» ou «senhor Ulisses Morais» ou «senhor Paulo Bento» e depois ter de aturar o «senhor Trapattoni», o «senhor Adriaanse» (este então, olha olha...), o «senhor Babilu de Bourbon».

Tem piada: os treinadores brasileiros, apesar de estrangeiros, também não chegam a senhores. Não devem sentir-se nada bem, até porque ao contrário dos que são chamados de «senhores» até percebem um caracol de Português...

Alguém me explica?

04 dezembro 2005

Mania das grandezas


Gosto quando a física ou outras forças da Natureza dão lições aos Homens. E gosto sobretudo quando as características humanas se mimetizam nas obras humanas.

Este prédio tem 508 metros e é o mais alto do Mundo. Fica em Taipei, capital de Taiwan, que por acaso passou a sofrer mais abalos sísmicos desde a construção da torre. Ou seja: a mania das grandezas é SEMPRE prejudicial. Isto vê-se bem no dia-a-dia, é certo, mas a lição de moral do betão não deixa de ter piada.

03 dezembro 2005

Lições de Valdano

Os sete leitores deste blogue (continuamos a subir) sabem decerto quem é Jorge Valdano, portanto passo à frente: na sua coluna semanal do diário espanhol «Marca», este sábado, o argentino-espanhol fala de uma equipa de futebol, mas podia falar de qualquer outra organização ou estrutura do seguinte genial modo:

«Nessas situações [difíceis, de derrotas consecutivas] impõe-se o lado mais obscuro da personalidade de cada um. O preguiçoso distrai-se com o ócio, o intriguista com a conspiração, o irresponsável com as desculpas, o o adulador com a vaidade alheia, o vaidoso com a própria vaidade...»

Como eles gostavam de ser do Alavés...

Um tal de Piterman, ucraniano, é accionista maioritário do Alavés, clube de futebol espanhol. Após semanas de guerra com os jornalistas (que original!), decidiu agora que para realizar entrevistas a jogadores os repórteres têm de ser sócios do clube! Quantos, em Portugal, não sonhavam poder fazer o mesmo?...

Porra, que não entendem!

Para os católicos e a sua igreja, tudo o que não seja dominar os outros e pairar acima do comum não serve. Por que raio é que acham que retirar crucifixos das escolas (por acaso e felizmente já eram só 20) equivale a negar a importância da cristandade na História dos homens e de Portugal?

O Benfica também conquistou a Europa e a Amália o Mundo e nem por isso temos de ter fotografias deles nas paredes das escolas. O conceito de liberdade faz muita confusão a muita gente. Os católicos fundamentalistas (ou seja, os que se preocupam com os crucifixos) estão claramente entre esta gente. Desculpem a rispidez, mas gostava mesmo que percebessem o que significa viver num Estado laico. E que soubessem distinguir entre liberdade religiosa PARA TODOS e aquilo que é o procedimento da Igreja Católica desde os primórdios da História.

Eu não sou religioso, admito que tu sejas; tu és e queres que eu seja como tu, sob pena de arder nos quintos dos Infernos com um preservativo enfiado na pila. Desculpa lá, mas as cruzadas acabaram há uns anos.

01 dezembro 2005

Soa bem


Será que «Tender Trap» (belo nome) desta portuguesíssima Marta Hugon soa mesmo tão bem como parece? É Natal, ajudem-me lá a perceber...