23 março 2008

Irra!

Alguém me explica por que raio o Vukcevic não marca penalties? Foda-se!...

22 março 2008

Parece mentira, mas aconteceu (e há testemunhas)

Quarta-feira fui ao Continente do Colombo. Mais importante ainda: fui ao Colombo buscar os meus óculos de sol de estimação, que tinham tido o azar de uma lente partida e me obrigaram a andar um mês com uns antigos que me faziam parecer... bom, não interessa - interessa, sim, que já munido dos óculos a sério fui ao Continente. No carrinho, além das compras e do filhote, trazia a carteira e - voilà! - os óculos, dentro da sua carteirinha design moderno.

À noite, quando o lombo de porco com castanhas já estufava, recebi um telefonema simpatiquíssimo do Continente Colombo. Que tinha lá deixado uma carteira e uns óculos. Dei graças por ser sócio do hipermercado (presumo que tenham sacado o telefone por aí) e muito maiores e mais graças ao senhor que teve a gentileza de tirar o meu ex-carrinho da fila, ver lá os meus pertences e entregá-los nas informações.

Parece mentira, mas ainda acontece. Com um bónus que eu já nem pedia: sinceramente não me lembrava de quanto dinheiro tinha na carteira, sabia apenas que não era muito. Na hora do resgate (foi aí que soube ter sido um senhor), estavam lá 15 euritos dentro.

É bom poder acreditar na raça humana. Ao dito senhor, se por acaso é internauta e ler isto (pouco provável, mas não menos do que entregar carteira, óculos e dinheiro assim de boa vontade), um grande OBRIGADO. Pelas coisas e pela oportunidade de acreditar.

19 março 2008

Pode ser exagero, mas gostar de música(s) é assim mesmo


O álbum de lançamento desta miúda sportinguista (isto é importante, embora possa não parecer) tem toques de Feist, laivos de Bjork e um cheirinho de nada de Cat Power. Já está a venda e ainda não comprei, bolas...

In www.myspace.com/ritaredshoes

17 março 2008

Filosofias de casa de banho

Desculpem, mas a questão é pertinente. Desde que existem sanitas ouvimos as mulheres queixarem-se de que os homens deixam o tampo para cima depois de mijar. Há inclusivamente rumores de que elas são capazes de separar o mundo entre homens que o fazem e homens que não o fazem. Quando se trata de partilhar casa e casa de banho, claro, que para outras coisas a conversa deve ser diferente...

Bom, a dúvida é a seguinte: por que raio os homens hão-de ter que deixar a casa de banho pronta a usar por elas e não o contrário - ela faz o seu chichizinho e elegantemente deixa o tampo levantado para ele poder usufruir depois?

14 março 2008

Uma pala nos olhos dos governantes

Peço desculpa mas não me lembro do nome do senhor. Decorei que é governante e ouvi-o na rádio, a propósito dos 3 anos de governação Sócrates, dizer qualquer coisa como isto (associação livre de ideias): «Num balanço, se temos coisas boas para assinalar devemos concentrar-nos nelas. Também terá havido coisas menos boas, mas não devemos perder tempo com elas.»

É preciso comentários? Se sim, mandem!

Porque pensar faz bem, paremos um pouco

«Com esta geração que nos governa nem Ceuta teríamos conquistado. Os custos seriam sempre superiores aos proveitos imediatos. Fazia-se um estudo e não se ia»

Miguel Real, autor do livro A Morte de Portugal - escritor, professor, ensaísta, em entrevista à Visão

Trata-se, apenas, da pérola que mais me fez soar campainhas de alarme na consciência quando li a entrevista. Mas seguramente mais de dois terços das afirmações polémicas deste senhor fazem-nos pensar. E pensar, mesmo que pouco mais possamos fazer aos dias úteis e não nos sobre tempo nos dias de folga, ainda não paga imposto.

10 março 2008

Eu sei que vais ler

Lisboa, 10 de Março de 2008

Olá.

O teu neto está grande, grande. Esperto, o rapaz, desenrascado. Tem alguns medos e muitas certezas. Gosta de animação e vai ter uma festa logo à tardinha, com amigos dele, amigos dos pais e gente da família, claro. Quatro anos, quatro. Consegues vê-lo da fotografia da sala, não é? Acho que ele não te conhecerá se te encontrar na rua, mas sabe muito bem quem és.

Estive todo o dia à tua espera, ontem. Sim, eu sei - há três anos, há três noves de Março que sei que não podes vir. Mas eu espero, que queres? Espero sempre. A festa, afinal, é tua. Foi tua a dor, tua a alegria, tua a energia. Eu só saí para um mundo nem sempre bonito mas que felizmente tem conseguido ser meu amigo. E como não vens não há festa. Só houve 30 festas. Se calhar chegam. Depois nasce outro dia e chega a outra festa, que também só viste uma vez.

Já sei que não vais aparecer hoje. Por isso te tenho aqui, agora, enovelada no nó que me tapa a garganta. Prometi chorar-te sempre que quiser. Mas nas mais das vezes não consigo. Fica só o nó. E soltam-se os dedos.

Beijo doce, como sempre

Teu filho, Xano