22 março 2008

Parece mentira, mas aconteceu (e há testemunhas)

Quarta-feira fui ao Continente do Colombo. Mais importante ainda: fui ao Colombo buscar os meus óculos de sol de estimação, que tinham tido o azar de uma lente partida e me obrigaram a andar um mês com uns antigos que me faziam parecer... bom, não interessa - interessa, sim, que já munido dos óculos a sério fui ao Continente. No carrinho, além das compras e do filhote, trazia a carteira e - voilà! - os óculos, dentro da sua carteirinha design moderno.

À noite, quando o lombo de porco com castanhas já estufava, recebi um telefonema simpatiquíssimo do Continente Colombo. Que tinha lá deixado uma carteira e uns óculos. Dei graças por ser sócio do hipermercado (presumo que tenham sacado o telefone por aí) e muito maiores e mais graças ao senhor que teve a gentileza de tirar o meu ex-carrinho da fila, ver lá os meus pertences e entregá-los nas informações.

Parece mentira, mas ainda acontece. Com um bónus que eu já nem pedia: sinceramente não me lembrava de quanto dinheiro tinha na carteira, sabia apenas que não era muito. Na hora do resgate (foi aí que soube ter sido um senhor), estavam lá 15 euritos dentro.

É bom poder acreditar na raça humana. Ao dito senhor, se por acaso é internauta e ler isto (pouco provável, mas não menos do que entregar carteira, óculos e dinheiro assim de boa vontade), um grande OBRIGADO. Pelas coisas e pela oportunidade de acreditar.

2 comentários:

GandaMaluko disse...

São estas pequenas (GRANDES) coisas que nos mostram que a nossa sociedade não está assim tão "podre"...

Lunatic on the grass disse...

Eu, que sou um ser repugnante, espero nunca achar uma carteira. Se fossem quinze euros não ficava com eles, mas se fossem 500, por exemplo, já me iria torcer todo com problemas de consciência: fico com isto? não fico? fico? não fico? acho que acabaria por não ficar, porque sou, bem lá no fundo, bem mesmo, boa pessoa e me ia custar muito gastar aquele dinheiro. Mas espero, repito, nunca achar uma carteira. hehe, acreditar na raça humana, nem mais.