15 novembro 2007

Nunca largues o piano

Foto Attambur.com
Terça-feira, Coliseu. A melhor sala, um dos melhores músicos. E já há concerto-extra marcado para quem se distraiu com os bilhetes.
Até lá!

13 novembro 2007

A voz

Há vozes mágicas. De repente equilibramo-nos por segundos num fio de palavras e vemos, lá ao fundo, uma luz. Uma luzinha. Mas ela está lá. Acesa.

28 outubro 2007

O joelho que adivinha chuva

Há gente a quem doem articulações quando está para chegar chuva. Há gente a quem dá para escrever frases simples e soltas quando adivinha angústia.

27 outubro 2007

11 outubro 2007

Sol

Sais numa manhã de sol. Digo sempre adeus em manhãs de sol.

11 fevereiro 2007

E pronto!

Como diz um amigo, é difícil «festejar» quando o tema é tão dramático. Mas não consigo deixar de sorrir muito, como não consegui evitar uma certa vontade de chorar quando percebi que todos (excluo os demagogos radicais, felizmente já não contam para nada!) tinham percebido a mensagem de quem votou.

Alívio - é isto que sinto no dia em que Portugal se aproximou um pouquinho mais do grau de civilização europeu.

Desilusão, ainda assim - é o que sinto por ver mais de metade dos eleitores alheados do referendo.

P. S. - Que as pessoas do Não envolvidas em associações de apoio à maternidade continuem o seu bom trabalho. Sem ironia. Porque ninguém é «a favor do aborto livre» nem o acha intrinsecamente bom, ao contrário do que tentaram propagandear durante semanas.

09 fevereiro 2007

E porque está quase na hora, queria só lembrar que...

O mundo é simples, por mais que tentem complicá-lo:

Há muita gente que fez/apoiou ou fará/apoiará abortos e vai votar «Não».

Há muita gente que nunca fez/apoiou nem admite fazer/apoiar um aborto e votará «Sim».

Quem votar «Não» acha que as mulheres que façam abortos antes das 10 semanas devem ser presas e proibem-nas de fazê-lo num estabelecimento de saúde legalmente autorizado.

Quem votar «Sim» acha que as mulheres que façam abortos antes das 10 semanas devem poder fazê-lo em estabelecimento de saúde legalmente autorizado e não devem ser presas.

Duas hipóteses para quem ainda não percebeu que é SÓ isto que está em discussão: ou tem graves dificuldades cognitivas ou deixou-se enredar na demagogia do «Nao».

04 fevereiro 2007

«É amar-te assim perdidamente»

Alguém explica à malta do «não» que o poema que usam em mais uma demagogia-outdoor é da autoria de uma poetisa que se suicidou?

Presa! Presinha é que a Florbela Espanca tinha ido bem, pá! Ou o valor da vida é só até à semana 1870, mais ou menos as que a senhora tinha quando decidiu matar-se? E lá está outra vez esta coisa de a mulher decidir, pá, sempre a mesma cantiga, mas onde é que pára a moral!?!

18 janeiro 2007

Nem um santo, caramba!


É aconselhável, sim, mas muito difícil manter a calma perante as alarvidades ditas por este beato que ao mesmo tempo parece que é economista. Comparar o recurso ao aborto com a explosão na utilização dos telemóveis (em caso de vitória do «sim») merece, aliás, uma grande falta de calma dirigida ao indivíduo. Mas pronto, calma: afinal ele deve perceber muitíssimo pouco sobre mulheres e o que lhes pode ir na alma...

P. S. - É beato, economista e tem nome, mas vai pequenino por causa da publicidade enganosa: João César das Neves

P. S. 2 - Olá a ti, amig@, que deves ser @ únic@ que ainda cá volta desde Setembro...