Uma senhora de Peniche (de onde todas as TV emitiram ontem em directo porque, pasme-se!, apareceram umas gaivotas mortas, fenómeno que como se sabe nunca tinha ocorrido nos sítios onde há gaivotas, como Peniche ou as Berlengas) acha que os bichos «andam amochadinhos» este ano.
Um lisboeta viu um pombo morto no Conde Barão e chamou as autoridades, assustado com o estranho caso de um ser vivo que esticou o pernil, coisa pouco verosímil.
Um homem teve sintomas de gripe e foi internado (depois falem do entupimento das urgências).
Já passei palavra aos meus colegas: quando virem pombos mortos no Bairro Alto, antes de os mandarem para o Instituto Ricardo Jorge vejam bem se não têm marcas de pneus na carcaça... Mas mesmo assim é melhor ter cuidado, não vá o pombo ter sido atropelado por andar «amochadinho» devido à gripe.
Não têm mais nada com que se preocupar?
25 outubro 2005
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6 comentários:
Pelos vistos não. A do lisboeta que viu um pombo morto no Conde Barão e chama as autoridades é surreal!
É uma das consequências da hiperinformação dos nossos dias. Por um lado é importante andarmos informados de TUDO (ou quase) o q se passa pelo mundo fora, por outro lado o nosso coração não aguenta (e a cabeça tb não) e lá dispara a ansiedade e o pânico em casos como este.
E, nisso, acho q Portugal é dos países mais alarmistas q há. Não sei se é a nossa (dos portugueses) queda para a desgraça, mas lá q é qq coisa, é.
Além da queda, acho que, no fundo, gostamos das desgraças. Quando vinha aí o furacão, a tempestade tropical ou lá o que era, andavam todos loucos, ansiosos, finalmente algo importante e grandioso no nosso país. E, olha, afinal a gaja foi passear pa outro lado e lá ficámos todos tristes e que nem as tempestades querem nada ca gente e tal. Agora, é o raisparta das galinhas e dos patos e dos gansos e das gaivotas e, pronto, lá entra tudo na hipnose de que qualquer traque que o bichinho com penas atire ao ar significa... GRIPE! Haja paciência e muita calma. Eram as vacas, eram os porcos e, agora, so faltava mesmo o belo do frango assado. Ai ai...
A desinformação, normalmente, desemboca na histeria colectiva. Tivessemos nós uma comunicação social digna do nome...
Não sei, Rosa. O que leva uma pessoa a dizer que na rádio «disseram que Peniche era uma zona de risco?». De certeza que não disseram, né? E quanto a esse «nós»... achas que na generalidade dos outros países é muito diferente?
devias ter visto hoje o contra-informação.
gozaram, e bem, com o q falas.
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