10 agosto 2003

Roma, 9 de Agosto, afinal já 10, como de costume

Viagem de Norcia para Roma, sem problemas. Correu bem a coisa dentro da cidade, demos com o hotel com relativa facilidade, mas é preciso não esquecer que é (foi) sábado de Agosto, portanto nove décimos dos milhões que andam por aqui de carro todos os dias estavam a banhos.
Com duas páginas para escrever, decidimos ainda fotografar o Coliseu de Roma. A zona das ruínas, Palatino, é esmagadora. Dez ou quinze minutos chegam para perceber isso. Tempo de trabalhar, voltar ao hotel e perceber que é bastante bom. Chama-se Cicerone, como a rua onde se situa, e está muito perto do Vaticano, onde vamos amanhã de manhã.
Trabalho aviado, arriscamos ir a pé até à Fonte de Trevi, segundo local de peregrinação obrigatória que conhecemos (20 minutos a andar relativamente bem). Esperam-nos o João Rui, o Pedro Ferreira e a Magda, que fez boa viagem. Já durante o jantar juntam-se-nos o Pedro Miguel Azevedo e o Jorge Carmona, de O Jogo.
Todos os sete prolongamos o jantar no Al Presidente, perto da fonte, e vamos até à Piazza Navona. É uma da manhã e desilude um bocado. Se calhar também há italianos e italianas feios. As esplanadas estão a fechar, sobra-nos uma vazia, com empregados de ares de poucos amigos que nos concedem a graça de uma cerveja.
Com o futebol na mesa de conversa — cresce o optimismo em relação ao Lazio-Benfica, digo-o com satisfação porque estou com fezada desde o sorteio — passa o tempo. Às três da manhã já estou aqui a escrever. Vim com o Rui outra vez a pé, são 15 minutos, talvez menos. Passamos por mais mil e um edifícios bonitos, atravessamos o rio Tevere por outra ponte, vimos pelas traseiras do Palácio da Justiça e cá estamos de novo.
Amanhã vou ver o papa. Sei que não mudará uma vírgula no meu posicionamento sobre deus e a igreja, mas talvez me aconteça qualquer coisa parecida com a que senti quando fui adolescente a Fátima — uma transcendência para a qual nos escapa a explicação. A ver vamos.

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