28 fevereiro 2008

Vamos ao fim da rua, vamos ao fim do Mundo


O meu pai mudou o rádio de sítio por aqueles dias. Queria apanhar «uma rádio nova só de informação» de que ouvira falar. Nesse tempo, captar ondas do éter em Queluz nem sempre era fácil. Encontrou finalmente um sítio. Era numa divisão comum do apartamento que fazia ao mesmo tempo de corredor e hall. Paciência - era ali que se ouvia a TSF, em 102.7.

Ainda pirata mas já tão boa, tão diferente. Lembro que era o tempo do monopólio da TV estatal. Eu era novito, acho que ainda não fazia a barba. Mas sei perfeitamente que o bichinho do jornalismo, nascido sobre páginas de jornal, se alimentou rapidamente daquela nova forma de intervir. Cresceu, desenvolveu-se, jornalista sou hoje.

Como sucede com tudo e todos, não falta quem diga que a TSF «está cada vez pior». Tirando no que respeita ao Benfica, ao Sporting e a meia dúzia de restaurantes, normalmente isto é só vontade de dizer mal e mania de que «no nosso tempo é que era».

20 anos depois eu e o meu pai - hoje no Alentejo com direito a frequência regional - já não precisamos de mudar o rádio de sítio (a não ser, no meu caso, o do despertador, de vez em quando). É tudo automático. Pela parte que me toca, 89.5 continua na posição 1 em casa e no carro.

Parabéns, TSF.

3 comentários:

innocent bystander disse...

eu também, tsf posição 1.

Alexandre Pereira disse...

Quando a Radar fizer anos faz-se aqui outro destes. Posição 2!

innocent bystander disse...

nem mais e confirmo, 2. será no verão, o cumpleaños. Já agora assumo as outras: antena 1, 3; renacença, 4; RCP, 5; m80 (este vareia), 6. tá dito!