05 abril 2008

Sair é bom, reencontrar ainda melhor

Abre-se a porta, está de noite, e de repente o cheiro. O cheiro desta terra. O cheiro que nos faz sentir em casa longe de casa. O cheiro que parecia esquecido. Falta-me matéria-prima para o descrever. Ainda hoje à tarde me ensinaram que isto são amores-perfeitos, aquilo margaridas, aquilo «bons dias». Agora, quando abri a porta, olhei para as flores no jardim e já não lhes sabia o nome outra vez.

Fica bem nas poesias dizer que cheira a buganvílias, a alecrim, a amores-perfeitos (os amores-perfeitos só podem ter cheiro, pelo nome...).

Não tenho poesias. Só sentidos. E senti o cheiro de Primavera/Verão de São Pedro. O de Inverno é mais parecido com outros, fumos de lareiras e assim. Mas este da estação quente é só daqui. E foi numa estação quente que aqui arribei pela primeira vez. Vai fazer 14 anos.

Vai fazer 14 anos... E eu estou aqui.

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